Núcleos de Tecnologia da Informação do Sudoeste trabalham na retomada do Vale Digital
A aproximadamente um mês, os três núcleos de tecnologia da Informação do Sudoeste estão trabalhando para a retomada do Vale Digital
A aproximadamente um mês, os três núcleos de tecnologia da Informação do Sudoeste estão trabalhando para a retomada do Vale Digital — projeto criado, em 2015, com o objetivo de desenvolver o potencial da região, assim como demarcar a área como referência em Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC).
De acordo com o consultor de negócios do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Juliano Lima, a demanda de reativação do Vale Digital, partiu das próprias empresas do ramo. “Em várias conversas com os empresários surgiu a pauta da retomada. Enquanto Sebrae, reunimos os três representantes dos núcleos de TIC da região, com o objetivo de entender de fato o interesse deles neste processo”, explicou.
Conforme Lima, uma das principais preocupações na retomada, é manter todo o processo que já foi feito inicialmente em 2015, porém com uma nova roupagem. “Estamos iniciando as atividades para esse redesign e entendemos que precisamos ser ágeis, mas ao mesmo tempo não podemos perder ou desconsiderar o que já está pronto”.
Vale Digital
O Vale Digital [que na prática pode ser visto como um selo] funciona como uma Identificação Geográfica (IG), do qual produtos, de empresas associadas a qualquer um dos três núcleos no Sudoeste, poderão ser englobados na iniciativa.
Segundo o presidente do NTI, Alaxendro Rodrigo Dal Piva, o selo tem a proposta de mostrar todos os ativos, dentro da área de TIC, existentes no Sudoeste. “[O selo vai] apresentar para o mundo todos os nossos ativos e capacidades tecnológicas de desenvolvimento. De uma maneira direta e indireta, serve para nós divulgarmos os nossos potenciais. O selo vem certificar qualidade”, disse.
Na região, os núcleos estão localizados em Pato Branco, representado pelo Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI), em Francisco Beltrão, pelo Núcleo das empresas de tecnologia da informação da cidade de Francisco Beltrão (Nubetec), e em Dois Vizinhos, pela Associação para o Desenvolvimento Tecnológico do Sudoeste do Paraná (Sudotec).
De acordo com a base de dados do Sebrae, existem no Sudoeste cerca de 300 empresas, distribuídas entre startups e empresas de TIC. Conforme Dal Piva, startups que fazem parte do Sudovalley também fazem parte do Vale Digital.
Valorização do setor
O presidente do NTI comenta que a retomada do Vale Digital pode proporcionar um maior conhecimento dos produtos feitos na região, assim como também pode gerar ainda mais contratações no setor.
“Hoje é uma dificuldade achar mão de obra na área de desenvolvimento de software e programação. Tudo que é formado, todos os alunos que fazem graduação na área e querem seguir no ramo, já estão praticamente contratados, ainda dentro da universidade”, comenta explicando que a retomada também pode contribuir para a formação de mais mão de obra e também no desenvolvimento de novos produtos
Retomada
Até o momento, o NTI tem analisado os materiais do Vale Digital que já existem. Segundo Lima, os passos de como deve ocorrer, efetivamente, a retomada, devem ser traçados após esta verificação do que já foi feito. Porém, mesmo em fase de análise, duas ações que já estão previstas para essa retomada.
O consultor de negócios do Sebrae conta que está sendo produzido um portfólio, com todas as empresas de TIC da região, que fazem parte dos três núcleos. Além disso, também está sendo aplicado uma pesquisa para levantar alguns indicadores do setor, no Sudoeste, “dados que depois pretendemos disponibilizar através de um canal no site para as empresas que fazem parte do Vale Digital.”
Na quinta-feira (23), o Sebrae se reunirá com os núcleos de TIC do Sudoeste em uma reunião. Na ocasião serão apresentados e analisados os dados levantados pelo NTI.